Bolha de sabão
Este estreito precipício
Oculta minha lucidez
Torna turva a visão
Destrói toda rigidez
A voracidade dos fatos
Deixa na penumbra
Meus sonhos reais
Construídos com você
As vidraças desalinhadas
Constrangem meus desejos
A desistência não é covardia
Faz parte da cicatrização
A revelação atordoante
Direciona meu rumo
Cala minha alma
Destapa meus ouvidos
Viro bolha de sabão
Flutuando pelo ar
Em busca do vasto
Interior da solidão
Heloísa Barrozo de Assiz, São Paulo - 25/11/2010
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