Ontem, nos reunimos para mais um sábado de ensaio...
A primeira "parte" do ensaio foi reservada para o trabalho de mesa, onde pudemos discutir e renovar alguns poemas e sentidos que estavam ficando automatizados...
Depois, sob a luz do sol, fizemos um aquecimento (maravilhoso!) que a nossa Nena Letícia coordenou e mais uma vez fomos surpreendidas por novas sensações!
Para fechar com chave de ouro, a direção propôs um exercício de improvisação e sensibilidade. Mostrou que estamos todas conectadas e em sintonia, além de ter gritado muito alto no coração de cada uma..(foi filmado e logo logo postaremos no blog!).
Saindo da parte "prática" para a parte técnica; nosso processo é minucioso e detalhista...começamos a refazer, lapidar, desconstruir e até criar a nossa partitura...que será montada do primeiro ao último segundo do espetáculo!
Ao final do ensaio sentamos e fizemos uma reunião de produção...e foi no meio dessa reunião que, inspirada por esse maravilhoso dia de ensaio, alguns versos começaram a surgir na minha cabeça...aqui vai o resultado final:
"O silêncio grita"
É uma inquietude sozinha
e que não depende de gestos e vozes,
músculos ou lágrimas, mortes e mortes.
Falta-me voz.
E a energia consumida com essa inquietude é tanta
que não sobra para gastá-la com sons ou palavras.
Somente com silêncio.
Ela está intrínseca e se recusa a sair,
para poder ouvi-la, só nos resta recostar e remoê-la;
no silêncio de uma caixa escura e com mil espelhos voltados para a alma.
Talvez se não existisse, não se seria completo.
Não seriam elas,
Não seria ela,
Nem seria eu.
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Beijos e MERDA a todos sempre!
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